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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

FUNÇÕES ESPECÍFICAS DO MINISTRO(A) DE EDUCAÇÃO RELIGIOSA CRISTÃ - Parte III




Função de Observador

Nesta função cabe-lhe fazer sondagens sobre as reais necessidades dos membros da igreja e do contexto onde está inserida. Estas podem ser coletivas ou particulares. Daí, então, de posse das conclusões destas, necessidades, poderá instruir a equipe no planejamento, na execução, avaliação e reformulação das metas, objetivos e prioridades educacionais. Tal ação facilitará o preparo dos cursos e materiais que serão usados na qualificação da liderança e dos membros da comunidade cristã.
Para estas sondagens serão necessários alguns métodos, tais como observação pessoal, entrevistas, questionários etc. Na observação pessoal, é importante que o investigador não se interponha entre as pessoas que estão sendo observadas, pois seus comportamentos tendem a se alterar ao se sentirem observadas. Na entrevista, o educador poderá criar uma situação e então estimular os educandos a responderem à situação. Para isso é preciso singeleza e naturalidade. Quando porém se quer usar questionários, é preciso formular as perguntas de maneira clara, de modo que as respostas não sejam vagas. Este método permite investigações em conjunto, que depois devem ser submetidas à interpretação das respostas. Quando se recorrer à informação e à opinião de pessoas, é preciso ter em mente que nem todas estão realmente inteiradas dos acontecimentos na comunidade. Estas informações, porém, são úteis quando se trata de narração de fatos e não de interpretações ou juízos a respeito deles.

É necessário que o ministro ou ministra de educação cristã tenha propósitos e diretrizes definidos em seus trabalhos. Estes propósitos devem ser claros, de maneira que as pessoas o entendam e participem deles. Objetivos claros e específicos são elementos significativos para o ensino. O educador não somente deve querer ensinar por ensinar; é preciso saber onde se quer chegar, ou o que se quer alcançar. Ao educador cabe olhar além das limitações de cada educando e assim delimitar com sua equipe exatamente onde deseja chegar.

Outra tarefa do ministro(a) na igreja consiste em desenvolver entre os membros uma consciência de serviço cristão, a fim de reconhecerem as contribuições feitas  por outros membros, procurando levá-los a um envolvimento pessoal responsável. Para atingir este objetivo, será necessário gastar tempo no desenvolvimento de líderes voluntários na igreja.

É preciso ter firmeza e convicção para direcionar a educação religiosa da igreja, pois só assim pessoas serão conscientizadas a assumir sua autonomia e então participar na construção de uma comunidade cujo propósito é a transformação da sociedade. Será necessário estabelecer estratégias para que haja mudança na forma de ensino da igreja. Nesse processo, uma atitude que deve permear o ministro é o de permitir ser conhecido pelo amor e pela verdade que demonstra. Só então poderá ajudar a transformar pessoas.

Nessas circunstâncias, o ministro de educação tem a chance de repensar o processo da educação e sua organização, como defende Gadotti: “repensar a educação é repensar a sociedade”. A educação é um processo interior pelo qual a vida se desenvolve estimulada por ações e influências externas. Assim, cabe ao educador ajudar o educando a reconstruir sua experiência e viver sua vida de modo pleno e frutífero. Isto se dá por meio da humildade. Ela nos faz prestar atenção ao outro, abrindo um espaço onde o outro possa falar, se expor, tornar-se conhecido.

A comunidade cristã tem sido muitas vezes destruída por falta de humildade. A competição tem se tornado norma, esquecendo-se do exemplo final daquele por quem ela existe. Como bem diz Parker Palmer: “O educador precisa de humildade para criar e sustentar o silêncio, no qual refreamos a resposta imediata para possibilitar à pergunta ser realmente ouvida. O professor sem humildade será incapaz de abrir espaço para outra voz que não a sua.”

A humildade leva o educador a descobrir que é no silêncio que o discurso se torna mais verdadeiro. (...)

“Jesus não só compreendeu a mente judia, quanto às suas facções e seitas, mas foi também um mestre na penetração do coração e na compreensão daquilo que se passava no íntimo da cada indivíduo.” – Price

(...)Sua real responsabilidade é organizar, promover, supervisionar e administrar, em cooperação com o pastor ou pastores da igreja, um programa educacional integrado com a realidade da igreja. Este programa deve ir ao encontro das necessidades dos membros. Outra responsabilidade é a de qualificar e colocar os “santos” para trabalhar. Para isso, será necessário criar meios acessíveis à membresia esclarecendo-a sobre a concepção educacional da igreja. No sentido de entender o processo de crescimento espiritual em que o membro da igreja é convidado a ser consagrado, orientado, avaliado e capacitado a se doar para o serviço cristão.

(da revista EDUCADOR – ano XI – 42 – 3T03)

domingo, 30 de janeiro de 2011

Versículo ilustrado

FUNÇÕES ESPECÍFICAS DO MINISTRO(A) DE EDUCAÇÃO RELIGIOSA CRISTÃ - Parte II


O ministro (a) de educação religiosa cristã possui algumas outras funções específicas que vale a pena serem aqui ressaltadas:

Função de Supervisor

Talvez a função mais criativa e peculiar do ministro(a) seja a de supervisor. Esta tarefa consiste em ajudar os líderes a serem mais eficientes ao cumprir com as suas responsabilidades. Esta ação lhe permite dividir com outro quaisquer habilidades e recursos que tenha, a fim de que a outra pessoa possa desempenhar sua função de forma eficiente. Aos professores deve o ministro tornar disponíveis os recursos de que eles precisam para cumprir seu papel eficazmente.

Dentro desta perspectiva, torna-se responsabilidade do ministro a tarefa de relações humanas, pois o capacita a compreender e trabalhar com pessoas. Um professor é mais vulnerável quando está enfrentando dificuldades com uma classe. Ninguém gosta de dar-se por vencido ou reconhecer que é incapaz de lidar com certas situações. A orientação sábia do ministro da igreja será de grande valia nesse momento. Os relacionamentos estabelecidos em seu trabalho habitual são, portanto, muito importantes. Se for cordial e receptivo, pronto a elogiar e relutante em criticar, capaz de contribuir com idéias proveitosas e recursos úteis, sem insistir para que seja feito à sua própria maneira, os professores e líderes irão naturalmente buscar sua ajuda.

A supervisão deve ser feita por meio de observação, reuniões, provisão de recursos e de outras maneiras formais ou informais. As situações mais proveitosas nesse sentido serão as grupais. Enquanto se reúne com diretores, comissões, líderes de organizações ou departamentos em reuniões de planejamento, surgirão oportunidades para supervisão. 

O ministro(a) da igreja não deve trabalhar sozinho, mas em equipe. Assim, caberá à igreja comissionar alguns de seus membros de forma especial para comporem esta equipe, a fim de unificar e estabelecer a correlação entre os programas e planos das organizações da própria igreja. Como defende Sherron K. George, é essencial e urgente que toda a igreja local designe um grupo para cuidar do ministério educacional. Estes, juntos, têm a responsabilidade de transmitir o programa educacional aos demais membros e líderes da igreja. Eles precisam ser especialistas na área e representantes de todos os segmentos da igreja.

O relacionamento com os demais líderes da igreja não deve ser diferente. O educador religioso deverá dar atenção e tempo a todos eles, isto é, criando oportunidade para  que os membros da equipe passe tempo suficiente juntos, para compartilharem um propósito único. Nesse relacionamento, surge a oportunidade de ensino e treinamento, além da amizade e confiança entre eles. É preciso que cada um veja seu próprio trabalho tão claramente quanto possível  e o compreenda dentro do contexto do ministério da igreja como um todo. Quando vierem a respeitar uns aos outros e apreciar a preocupação de cada um, eles serão fortalecidos em seu próprio trabalho e sustentarão uns aos outros.

CONTINUA...


Na Bíblia...

Melhor é ouvir a repreensão do sábio, do que ouvir alguém a canção do tolo. Porque qual o crepitar dos espinhos debaixo de uma panela, tal é o riso do tolo; também isto é vaidade. Verdadeiramente que a opressão faria endoidecer até ao sábio, e o suborno corrompe o coração. Eclesiastes, 7, 5-7

NÃO se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. João, 14, 1-2

sábado, 29 de janeiro de 2011

Versículo ilustrado

Plano de Leitura Bíblica

Clique na figura para aumentar, copie e cole para imprimir.

Tirado do site:  investindonascriancas.blogspot.com/2010/01/plano-de-leitura-da-biblia-em-um-ano.html

Funções Específicas do(a) Ministro(a) de Educação Religiosa Cristã - parte I


O ministro (a) de educação religiosa cristã possui algumas funções específicas que vale a pena serem aqui ressaltadas:

Função de Educador

Sua responsabilidade aqui é a de ajudar a igreja a desenvolver uma ótica educacional em tudo que ela faz. A adoração, os grupos de estudos bíblicos, os departamentos por faixa etária, o relacionamento entre os membros, enfim, tudo o que acontece na ambiência da comunidade cristã deve ser visto como aprendizado.
Na verdade, sua responsabilidade é dirigir, coordenar e organizar seu programa educacional. A essa pessoa devem ser dadas condições para que exerça seu ministério, sendo inclusive remunerada. Uma pessoa equipada com uma formação sólida para o ministério educacional ajudará a igreja a se tornar mais autêntica diante de sua comunidade, pois responderá melhor às reais necessidades existentes nela mesma. Não se pode negar, porém, que a maior parte do ensino ocorre, mais diretamente, através do programam educacional organizado. Este programa, entretanto, não deve apenas manter o estado das coisas existentes, mas se tornar um instrumento de progresso para a igreja.
Para o ministro(a) de educação religiosa cristã, isto significa que precisa desenvolver uma compreensão de seu objetivo e propósito, que determinam e controlam seu plano de ação. Ele é responsável pelo desenvolvimento de uma abordagem educacional na igreja por inteiro, incluindo os materiais curriculares e treinamento de liderança. Quando uma igreja compreende seu propósito e sua missão, as decisões tornam-se mais fáceis.

Função de Organizador e Administrador

Em qualquer tentativa de prover estrutura cujos objetivos podem ser alcançados, há necessidade de organização e administração. É dever do ministro(a) de educação cristã saber que muito de seu tempo e energia serão gastos nestas áreas, pois estes canais são meios pelos quais a igreja cumpre seu propósito e abre espaço para relacionamentos, tornando o programa educacional flexível a ajustes, de acordo com as condições e necessidades da comunidade cristã.
O ministro(a) de Daeducação cristã atua como provedor de recursos tanto materiais como humanos para que os objetivos sejam atingidos. É responsável em auxiliar os grupos ou departamentos a encontrar a estrutura e os recursos que os ajudarão a ampliar  sua possibilidade de alcance. A maior parte das denominações provê um programa educacional para as organizações. Este programa, entretanto, requer adaptação para as exigências contextuais da comunidade. O ministro(a) de educação sábio/a não ignorará a estrutura que a denominação provê, mas a usará criativamente, conforme o exigir a situação em que ele trabalha.

CONTINUA...

Da revista Educador - Juerp
 

Na Bíblia...


Porque o SENHOR repreende aquele a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem. Bem-aventurado o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento; Porque é melhor a sua mercadoria do que artigos de prata, e maior o seu lucro que o ouro mais fino. Provérbios, 3, 12-14

 E disse-lhes: Isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que por muitos é derramado. Marcos, 14, 24
 

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Na Bíblia...

 Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora. Mas, quando vier aquele, o Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar. João, 16, 12-14



 De tudo o que se tem ouvido, o fim é:Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau. Eclesiastes, 12, 13-14


Sugestões para o culto doméstico


A prática do culto doméstico está, em sua maioria, reduzida a breves encontros individuais entre uma atividade e outra, quando começamos a leitura bíblica, mas algo fatalmente nos interrompe com urgência. Outros findam seu dia aos pés do Mestre, mas devido ao cansaço, o tempo se reduz a um mínimo e à promessa de que no dia seguinte será melhor.
Bom seria que cada lar separasse um tempo do seu dia, sem interrupções, para estar em comunhão com Deus e uns com os outros. A família é um dos alvos principais do inimigo. Destruindo a comunhão familiar, destrói-se quase tudo ao redor.

Preparar um momento de comunhão em família, principalmente se há crianças na casa, nem sempre é simples. Exige total dependência de Deus e uma vontade firme em cumprir tal propósito.

A seguir sugiro algumas alternativas que preparei para esses momentos familiares na presença do Senhor da Família. São sugestões simples que podem ser melhoradas ou modificadas conforme a necessidade.


Sugestão 1 – CUIDANDO UNS DOS OUTROS

  • Cada pessoa lê Lucas 6.31 utilizando diferentes versões bíblicas. Se houver crianças, escreva o versículo numa folha de papel e recorte como um quebra-cabeças.
  • Conversem sobre o versículo lido ou montem juntos o quebra-cabeças, conversando sobre o que diz o versículo.
  • Abram oportunidade para que cada pessoa fale sobre o que não gosta que façam consigo. Ex. Não gosto que coloquem apelido em mim.
  • Considerar que precisamos nos respeitar e não provocar o outro, tanto quanto gostamos de ser respeitados.
  • Cantem juntos um cântico ou hino sobre como Deus nos ama.
  • Orem juntos. Dois voluntários podem orar agradecendo a Deus pelo Seu amor que nos faz feliz.

Sugestão 2 – É AGRADÁVEL OUVIR OS OUTROS

  • Cada pessoa conta algo que fez ou que lhe aconteceu hoje. Mesmo as crianças podem contar suas aventuras.
  • O restante da família ouvirá atentamente e em silêncio, sem distrair-se, apreciando o que está sendo dito.
  • A família lerá junta Provérbios 18.13. O que quer dizer o versículo? Com crianças, estas podem fazer desenho sobre o texto lido.
  • Respondam juntos: 1) O que você sente quando fala algo e a outra pessoa não lhe dá atenção?  2) Como podemos ser melhor ouvintes?
  • Deus sempre nos ouve.
  • Cantar sobre o cuidado de Deus por nós.
  • Orar em frases, cada um agradecendo a Deus pelas muitas bênçãos recebidas.

Sugestão 3 – COMPARTILHAR É BOM

  • Cada membro da família inicia o culto lendo um versículo que lhe fale muito ao coração. Explica por quê.
  • Cada membro da família sugere um cântico ou hino para que todos cantem juntos, ao menos uma parte.
  • Todos lêem juntos Provérbios 15.17.
  • Qual a mensagem desse versículo? Todos podem dar sua opinião.
  • Orem juntos a Deus pelos pedidos ou agradecimentos feitos por cada um.

Sugestão 4 – ELOGIAR FAZ BEM

  • Cada pessoa escreve num papel uma qualidade de quem está ao seu lado. Não mostre a ninguém. Dobrem os papéis e coloquem dentro de uma caixa ou sacola. Misturem os papéis.
  • Redistribuam os papéis. Cada pessoa tentará descobrir a quem se refere aquela qualidade.
  • Discutam: É bom receber elogios? E fazer elogios?
  • Leiam juntos Provérbios 12.25.
  • Cantam um cântico ou hino que fale da grandeza e do poder de Deus.
  • Orem de mãos dadas, cada um dizendo uma frase de engrandecimento a Deus.

Sugestão 5 – O PERDÃO NOS DÁ VIDA!

  • Relembrem juntos a história bíblica de José, principalmente o que os irmãos lhe fizerem e sua atitude de perdão ao reencontrar os irmãos. O texto está em Gênesis 37 a 50.
  • Respondam: O que é perdoar? É fácil perdoar?
  • Deixar que quem desejar conte pequena história de perdão que já viveu, perdoando ou sendo perdoado.
  • Ler Efésios 4.32.
  • Perdoar é uma decisão racional que tomamos. Deus nos capacita. Perdoar é libertar-se da mágoa, da raiva.
  • Cantar cântico ou hino sobre o perdão, ou sobre o amor.
  •  Orar sobre mágoas guardadas, pedindo que Deus nos liberte de cada uma delas através do perdão.

Salvo para quê?



A experiência de conversão da maioria nos leva ao mesmo ponto: há o reconhecimento de que se é pecador, a constatação (na maioria do tempo junto a uma grande emoção) de que Cristo se entregou para que tenhamos vida e a alegria e paz seguidamente ao ato de entrega. O padrão é básico e bíblico. Alguns sofrem muito antes desse momento, outros apenas reconhecem que precisam tomar tal decisão... O antes é pessoal e diferenciado, mas o momento da entrega pessoal segue passos praticamente padrões.

O grande diferencial está no depois. O que fazemos com tal decisão? Como no livro de Charles Colson, “Salvo para quê?”. Tal pergunta não é feita pela maioria das pessoas que se convertem ou pelos que estão envolvidos nessa nova vida, direta ou indiretamente.

A maioria das igrejas está empenhada fortemente na conversão de vidas, um grande e bíblico objetivo delas. A maioria dos cristãos crê que a igreja foi formada, a partir do texto bíblico, para o louvor e o serviço de evangelização. As igrejas estão lotadas de crentes dispostos a separar um pouco do seu tempo ao comparecimento dominical em cultos de louvor e exaltação ao Senhor Deus.

Mas poucos entendem a amplitude do serviço deixado por Deus às igrejas e, pessoalmente, aos crentes. Não podemos guardar a salvação para nós mesmos. Há uma responsabilidade muito ampla que poucos enxergam após a conversão: o compromisso de mudar seu mundo pessoal e ser influência na sociedade em que se vive.

Charles Colson trata do assunto em seu livro “O Cristão na Cultura de Hoje” de forma ampla e dá uma nova dimensão à responsabilidade do cristão de ser como o próprio Cristo.

O capítulo 2, sob o título “Salvo para quê?”, trata da tese de que há uma missão cultural criada por Deus para a humanidade e que ela foi afetada pelo pecado introduzido pelo homem.

Em seu exemplo, Colson retrata a vida e conversão de Danny Croce que não só transformou sua própria vida, mas resolveu modificar o mundo à sua volta. Danny entendeu que sua conversão, sua mudança radical de vida não valia para nada se ficasse somente para ele. Ele entendeu que havia uma missão que precisaria cumprir para ser um crente pleno.

Seu foco de visão não se voltou somente para si mesmo, ampliou-se na medida da visão do próprio Deus que o salvou.

A Bíblia retrata por toda sua extensão essa mensagem: não nos convertemos para nós mesmo, mas para servir nosso Senhor e Criador. A conversão é o início de um trabalho que se passa por toda a vida e termina quando estivermos junto ao Senhor Deus em gloria celeste.

Deixando o egoísmo de lado e ampliando a visão ao redor, percebemos que a sociedade onde vivemos está dia a dia se afastando do querer de Deus. Ampliando um pouco mais, percebemos que outras sociedades e culturas afastadas de nós, também estão torcendo tudo o que Deus planejou para o mundo em que vivemos. Com uma visão ainda maior, entendemos que somos instrumentos para reaproximar a sociedade daquilo que Deus preparou para o ser humano.

O reconhecimento de tal missão é demorado e depende do amadurecimento espiritual que precisamos buscar após a conversão. Chegar o mais próximo da imagem de Cristo é cumprir o propósito de Deus para o ser humano: influenciar e mudar o mundo, levando-o aos pés de Cristo.

O amadurecimento espiritual que precisamos buscar diariamente é uma batalha diária a ser vencida pela promessa de Jesus de que no mundo teríamos aflições, mas que já estavam vencidas por Ele mesmo.

Colson expõe sobre o grande campo de batalha em que vivemos, sobre as lutas de todos os dias. Lutas essas que já foram vencidas por Cristo por sua ressurreição.

A Bíblia relata toda a história dessa vitória. Iniciada como uma história sem grandiosidade alguma – um homem pobre, de família singela, considerado como criminoso, que foi morto mas que ressuscitou dos mortos – é a história de mudança de toda uma sociedade.

Muitos seguidores cristãos entregaram suas horas, seus dias, sua vida para que a mensagem de mudança de vida se propagasse e chegasse até nós hoje. Muitos ainda hoje entendem que essa mensagem de vida não pode servir apenas para que um dia gozemos as delícias do prometido céu.

Nos dias atuais, uma cultura em particular tem estado em evidência mais do que em outras épocas: o hinduísmo. Mais do que somente cultura, o hinduísmo tem dirigido a vida de milhões de pessoas, afastando-as cada vez mais do propósito de Deus. Suas crenças, seus ritos, seus costumes, como o de que as viúvas precisam morrer queimadas junto ao corpo de seu marido, ofendem diretamente ao Deus que criou o ser humano livre e feliz para servi-lO.

Como aceitar algo tão bizarro e claramente ofensivo ao Senhor Deus? As culturas criadas pelo homem com a influência direta de Satanás têm destruído milhares de vidas. A vida do cristão precisa ser chave de mudança onde Deus não está sendo exaltado.

As tribos indígenas brasileiras que enterram vivos os bebês que nascem com alguma deficiência física ou mental. As tribos urbanas que espancam ou matam pessoas somente por prazer ou porque não pensam como eles pensam. Que cultura é essa tão longe do propósito de Deus para as pessoas?

Somente lamentar balançando a cabeça, chorar dizendo que tudo é um absurdo, não corresponde ao plano de Deus para seus filhos. O Novo Testamento mostra a clara responsabilidade de todos nós para com a mudança de toda a sociedade e cultura.

No livro de 1 Coríntios, encontramos Paulo escrevendo a uma igreja que estava se deixando influenciar por falsos mestres que levavam a cultura de um evangelho não pregado por Jesus. Ele ainda relata sobre um grupo de novos crentes que, mesmo sendo muito pobres, imploravam em contribuir para que a mensagem do evangelho se propagasse e mudasse a vida de milhares de pessoas outros países. Além de contribuírem com o que não tinham, deram de si mesmos ao trabalho de mudar vidas.

“É assim que o cristianismo deve funcionar na sociedade – não apenas como uma fé particular, mas como uma força criativa na cultura. A vida de fé interior deve modelar as nossas ações no mundo.” (Colson, p. 48). Do que adianta uma fé egoísta, somente voltada para si mesmo, que não mude o mundo ao redor?

Em Romanos 12.1,2, o autor se preocupa em alertar os leitores para o perigo do cristão se deixar tomar a forma do mundo. O processo de modelagem que o mundo exerce sobre qualquer ser humano é progressivo, suave, sutil. Se o cristão não estiver firmado na Rocha, Cristo, acaba por ser modificado pelo mundo. O que seria um absurdo para o crente, logo se torna algo “aceitável” ou “desculpável”. Ao contrário desse fato, a fé interior precisa ser instrumento de mudança exterior. Mudança na própria vida e ao seu redor.

“Em cada escolha e decisão que fazemos, ajudamos a superar as forças do barbarismo” (Colson, p.48). Cabe ao cristão decidir consentir ou não com as forças que movem as sociedades e culturas. Cabe ao seguidor de Cristo, fazer diferença na sua família, no seu trabalho, na sua vizinhança, ao seu redor. Para quê? Para que o mundo creia que Jesus é o Cristo (João 17.20-23).

Diane Portugal Scarabelli Monteiro

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Onde Deus Deseja Morar



“Um frágil e velho homem foi viver com seu filho, nora, e o seu neto mais velho de quatro anos. As mãos do velho homem tremiam, e a vista era embaralhada, e o seu passo era hesitante. A família comeu junto à mesa. Mas as mãos trêmulas do avô ancião e sua visão falhando, tornou difícil o ato de comer. Ervilhas rolaram da colher dele sobre o chão. Quando ele pegou seu copo, o leite derramou na toalha da mesa.
A bagunça irritou fortemente seu filho e nora: "Nós temos que fazer algo sobre o Vovô," disse o filho. "Já tivemos bastante do seu leite derramado, ouvindo-o comer ruidosamente, e muita de sua comida no chão". Assim o marido e esposa prepararam uma mesa pequena no canto da sala. Lá , Vovô comia sozinho enquanto o resto da família desfrutava do jantar.
Desde que o avô tinha quebrado um ou dois pratos, a comida dele foi servida em uma tigela de madeira. Quando a família olhava de relance na direção do vovô, às vezes percebiam nele uma lágrima em seu olho por estar só.  Ainda assim, as únicas palavras que o casal tinha para ele eram advertências acentuadas quando ele derrubava um garfo ou derramava comida.
O neto mais velho de quatro anos assistiu tudo em silêncio. Uma noite antes da ceia, o pai notou que seu filho estava brincando no chão com sucatas de madeira. Ele perguntou docemente para a criança, "O que você está fazendo?"
Da mesma maneira dócil , o menino respondeu: " Oh, eu estou fabricando uma pequena tigela para você e mamãe comerem sua comida quando eu crescer." O neto mais velho de quatro anos sorriu e voltou a trabalhar. As palavras do menino golpearam os pais que ficaram mudos. Então lágrimas começaram a fluir em seus rostos.  
Entretanto nenhuma palavra foi falada, ambos souberam o que devia ser feito. Aquela noite o marido pegou a mão do Vovô e com suavidade o conduziu para a mesa familiar. Para o resto de seus dias de vida ele comeu sempre com a família. E por alguma razão, nem marido nem esposa pareciam se preocupar mais quando um garfo era derrubado, ou leite derramado, ou que a toalha da mesa tinha sujado.”
(Autor desconhecido)

A história acima nos tráz algumas questões que desejo levantar: Que tipo de lar tem sido o nosso? É um lar onde o próprio Deus deseja morar? É Ele o Senhor das nossas famílias? É fácil responder rapidamente um sonoro SIM, mas para ser a família que Deus deseja, é preciso que ela seja reflexo do próprio Deus.
A Bíblia, por suas páginas, nos apresenta o relato de diversas famílias e do papel que exerceram ao longo do cumprimento do plano de Deus. No livro de Gênesis encontramos a primeira formação da família; com Abraão e sua família, o início de um novo povo, o povo escolhido por Deus; na família de Noé, a esperança de melhores dias; com Rute e sua sogra, o exemplo da honra e de amor...
Foi no seio de uma família que o Salvador veio ao mundo. Quando em Seu ministério terreno, uma família singular o acolheu por diversas vezes. Era uma casa com apenas 3 irmãos que tornaram sua habitação um ponto de apoio para Cristo e Sua mensagem. O texto de Lucas 10.38-42 ainda nos mostra como deve ser tratado o Senhor Deus no lar: com primazia e com cuidado.
Foi no lar de uma mulher bondosa chamada Tabita, que muitos outros lares conheceram a salvação, pela bondade encontrada e pelo milagre ali ocorrido (At 9.36-46). Foi pelo temor ao Senhor e pela fidelidade de uma mãe e de uma avó, que o jovem Timóteo cresceu e se tornou um fiel discípulo do Senhor Jesus.
Todos os lares citados e muitos outros firmam nossa fé no Amor de Deus e no Seu cuidado pessoal com cada família aqui e por todo o mundo. Os testemunhos que as famílias da Bíblia e o testemunho que a sua e a minha família podem dar do amor de Deus, não devem terminar até o dia em que Cristo voltar.  
Onde Deus deseja morar?! No coração daquele que O aceitar, no lar que O acolher, na família que O fizer único e suficiente Senhor. Minha oração é que possamos reconhecer em muitas famílias da Igreja Esperança o próprio Amor, o Senhor Deus.
(Elaborado para o mes de Maio)
Diane
Educadora Crista e Pedagoga