Esboço de Estudo Bíblico baseado em diversos materiais, inclusive no livro "Conhecendo Deus e Fazendo Sua Vontade"
João 8.32,36
“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. ... Se o Filho vos libertar, verdadeiramente vos sereis livres”
Hoje em dia fala-se muito em liberdade.
No tempo de Cristo, os judeus esperavam por um libertador que os livrasse do jugo da escravidão física.
A maior batalha por liberdade se encontra no nosso íntimo, na entrega que fazemos diariamente a Deus de nós mesmos.
Propósito de Deus: sua liberdade.
O evangelho é libertação.
Cristo veio no momento que Deus havia escolhido e morreu para que fôssemos libertos. Libertos do pecado, da morte eterna, da vida sem Deus.
Os judeus esperavam um libertador físico, guerreiro, homem de batalhas, mas Jesus nos mostrou que a verdadeira liberdade partia do nosso íntimo.
É propósito de Deus, desde o início dos tempos, a nossa liberdade.
Mas essa liberdade tem um propósito.
Somos livres para servir a Cristo.
Somos escravos do mundo OU servos de Cristo.
João 8.31-36
Se já somos salvos por Cristo, acreditamos que já não somos mais pecadores. Não é verdade. Continuamos pecando e o processo de libertação total leva tempo e depende também de nós.
O que descreve o que faz um servo e o que faz um escravo do pecado.
- Escravo do pecado (v. 34) é o que comete pecado.
- Servo de Cristo (v. 31) é o que permanece na Palavra, conhece a Verdade, vive pelos mandamentos de Deus.
Duas advertências
- Não apresse Deus – ajustar sua vida aos propósitos de Deus leva o tempo que Ele determinar. Permita que Ele o dirija.
- Não abandone as responsabilidades – temos responsabilidades diversas que precisam ser cumpridas.
Cristo deseja nossa liberdade (João 8.36).
A liberdade pode ser para sempre, entretanto Paulo alerta em Gálatas 5.1 (Cristo nos libertou para que os sejamos realmente livres. Por isso, continuem firmes como pessoas livres e não se tornem escravos novamente). Ele está se referindo ao legalismo judaico.
Precisamos buscar ter a mente de Cristo. A mente de Cristo concentra sua atenção em Deus.
Quando estamos escravizados, nossos desejos, atenções se voltam para o mundo. As lealdades, as ambições, os ressentimentos nos prendem ao mundo.
Nada neste mundo pode medir a liberdade em Cristo. Sua única medida é o Senhor Jesus Cristo.
HÁBITOS
Costumes de Jesus. Todos bons.
Lc 4.16 – Costume de ir à sinagoga
Mc 10.1 – Costume de ensinar à multidão.
Lc 22.39 – Costume de orar no monte das Oliveiras.
Mc 1.35 / Lc 6.12 – costume de orar
Temos diversos hábitos que não são tão bons. Eles podem nos escravizar.
Hábito de chegar atrasado aos encontros. Hábito de ouvir músicas que não glorificam a Deus. Hábito de participar de rodinhas de piadas não tão edificantes.
Um mau hábito revela uma área da vida que não está sob o controle do Espírito Santo. Só podemos ser libertos dos maus hábitos com a consciência do governo constante do Espírito Santo.
RELACIONAMENTOS
Avaliando nossos relacionamentos, entendemos o quanto pessoas importantes para nós podem nos levar à escravidão do pecado.
O amor que sentimos por um filho, pelo esposo ou esposa, pelos pais ou algum amigo, podem, sutilmente se tornar mais importantes do que o amor que devemos ter por Deus ou mais importante do que o amor que esses queridos devem ter por Deus.
O desamor que sentimos por pessoas também pode tomar o lugar de Deus.
Marcos 12.30-31 – Amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
Todo nosso relacionamento deve estar a serviço de Deus. Quando isso não acontece, nos tornamos escravos do pecado.
PRECONCEITO
Você se acha sem preconceitos?
2 Reis 5.12 – Naamã irado quando Elias lhe disse que se banhasse no Jordão.
Mateus 9.11 – Fariseus denunciando seus preconceitos.
Mais conhecidos: raça, grupos étnicos, situação financeira...
Outros preconceitos:
Dons naturais ou espirituais – alguns crentes acham que somente mediante nosso dom ou dons que Deus pode operar legitimamente na vida de qualquer pessoa.
Operação de Deus – alguns crentes acham que se Deus opera de determinada maneira na minha vida, deve operar do mesmo modo na vida dos outros.
Não crer que alguém muito mau pode mudar de vida.
Deus é soberano. Não podemos impor limites quanto à Sua ação. Os preconceitos limitam o domínio de Deus. É falta de fé.
AMBIÇÕES / PROPÓSITOS / SONHOS
Nossas ambições revelam pecado na esfera do orgulho.
Quando os sonhos trazem honra somente a nós mesmos, há escravidão do pecado. Afinal, tudo fazemos, choramos, ansiamos baseados naquela determinada ambição. Mesmo que nosso propósito seja, principalmente, a segurança financeira do lar.
Nossas ambições precisam honrar nosso Deus.
DEVERES
Ser cumpridor de nossos deveres é excelente.
Na realidade, Deus espera que façamos determinadas coisas.
Algumas vezes nos perdemos nesse sentimento de dever e fazemos coisas para as quais Deus não nos chamou ou não nos designou. Somos, então, impulsionados pelo sentimento de dever e não pela ação do Espírito Santo.
Jesus foi cumpridor dos seus deveres. Ele mostrou firmeza em sua última caminhada para Jerusalém e para a cruz (Mc 10.32).
Temos diversos sentimentos de dever para com Deus e Sua obra. Devemos estar seguros de que amamos Deus acima de tudo, devemos honrar nossos pais, devemos entregar os dízimos...
Mas cada dever deve nos impulsionar a ser parte da obra eterna para o Reino – Efésios 2.10 – Pois foi Deus quem nos fez o que somos agora; em nossa união com Cristo Jesus, Ele nos criou para que fizéssemos as boas obras que Ele já havia preparado para nós.
Somente Deus sabe o que Ele quer que façamos, e ele nos fala pelo Espírito na comunhão que buscamos ter com Ele.
DÍVIDAS E BENS
Há dívidas que não são de dinheiro:
dever favores a alguém,
deixar de usar de benevolência para com os outros (mesmo que não mereçam)
Romanos 1.14 – Pois é meu dever pregar a todos, tanto aos civilizados como aos não-civilizados, tanto aos instruídos como aos sem instrução.
Cristo não possuiu outra coisa a não ser a roupa do corpo.
Não somos donos do que temos, apenas administradores do que temos recebido de Deus.
Nosso pensamento deve passar de donos a administradores.
Um crente com sua casa que entregou a Deus e apareceram estudantes, amigos, desabrigados que precisaram ser hospedados. Possuía dois carros e entendeu do Espírito Santo que deveria dar um deles a um amigo que estava prestes a se casar e não tinha carro. Deus deu o presente.
TEMORES E FRAQUEZAS
2 Coríntios 12.9 – E ele me disse: A minha graça de te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. Por isso, de boa vontade antes me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que repouse sobre mim o poder de Cristo.
Os temores que temos são os mais variados possíveis. Todos temos temores.
Por exemplo, o temor acerca da família e a segurança no emprego. Como vamos pagar nossos compromissos, como adquirir algo de que nossos filhos necessitam.
A maioria deles revela a falta de confiança em Deus.
Também revelam indícios de uma má interpretação dos propósitos de Deus.
Lázaro e sua ressurreição – João 11.1-45 – Jesus deixou que Lázaro morresse para que se alcançasse o propósito maior da glória de Deus quando ele fosse ressuscitado.
Sobre nossas fraquezas, frequentemente nos justificamos dizendo que já nascemos assim.
Deus deseja usar nossa fraqueza para sua glória – 2 coríntios 12.9-10 – Por isso de boa vontade antes me gloriarei...
RESSENTIMENTOS E MÁGOAS
Lucas 17.3-4 - ...se teu irmão pecar, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. Mesmo se pecar contra ti sete vezes no dia, e sete vezes vier ter contigo, dizendo: Arrependo-me, tu lhe perdoarás.
Podemos carregar ressentimentos e mágoas por muitos anos por nossa vida afora.
Isso nos faz escravos do pecado.
Algumas de nossas mágoas são verdadeiras e por motivos reais e justificados, mas continuamos escravos do pecado.
A ação do perdão que praticamos vem de Deus. Não somos capazes de perdoar tantas vezes ou da maneira correta. Para transformar a mágoa em amor, é preciso receber a ação direta de Deus.
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O povo do reino é livre.
Deus deseja que sejamos libertos de tudo que nos separa da sua ação, presença e vontade.
Somente quando formos totalmente livres, cumpriremos fielmente a vontade de Deus e seremos servos úteis e fiéis, completamente libertos, não só da morte, mas da vida escrava que o pecado nos impõe dia a dia.
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