É muito comum, envolvidos nos desafios diários, esquecermos que nosso tempo está chegando ao fim.
Embora pareça uma imagem muito pessimista, precisamos entender a veracidade desse pensamento. Somos seres limitados aqui na Terra.
Alguns nascem e vivem o que parece ser por muito tempo. Vivem vidas repletas e o dia de sua morte chega quando já sentem que precisam estar com Seu Senhor. A Bíblia diz que com a idade, a vida é canseira e enfado (Salmos 90.10). O sentido verdadeiro é estar o mais rápido possível ao lado do Senhor Jesus. Outros, mal nascem, já se encontram com o Criador.
Em pouco mais de uma semana tive notícia de três pessoas do meu convívio para quem o tempo chegou ao fim. A cada notícia sentimentos e pensamentos diversos. O primeiro deles conheci na faculdade. Éramos da mesma turma, mas não compartilhávamos o mesmo Senhor. Quando soube de seu falecimento, pensamentos de tristeza e de dúvida me tomaram. Não cheguei a lhe falar do meu Mestre. Tenho certeza de que ele viu isso no meu testemunho, mas não tomei iniciativa alguma de compartilhar abertamente sobre a sua necessidade de Cristo. Meu coração anseia que ele tenha tido oportunidade de um encontro e decisão pessoal com o Senhor Jesus, mas ficarei sem saber se isso aconteceu.
A segunda notícia veio por telefone. Um colega de trabalho, com quem pouco tive contato, se foi igualmente rápido. O tempo dele chegou ao fim. Não sei se conhecia o Salvador e creio que também ficarei sem saber. O pensamento que tive é que mais uma vez convivi com alguém, tive a oportunidade de mostrar Cristo e não o fiz. Sei que agora não adianta qualquer argumento do tipo “O que se há de fazer, trabalhávamos próximos, mas mal tínhamos contato”, ou “Não tenho como falar de Cristo a todos que conheço, afinal, minha vida é cheia e tenho meus próprios problemas”. Diante de Deus, todos somos responsáveis pelos que passam por nós.
A terceira notícia, veio também num toque de telefone. No mesmo dia em que recebia notícia do meu colega, chegou o de um irmão em Cristo. Um homem que começava a conhecer e a admirar, temente a Deus e participante da obra de Cristo. Um mesmo sentimento de tristeza passou por mim, mas diferente dos outros, a certeza de que para ele, o melhor está acontecendo agora.
Tantos sentimentos misturados só me deixam uma conclusão: o tempo chega rápido ao fim. E não sabemos quando isso ocorrerá. O tempo de pregar, o tempo de amar, o tempo de falar do amor de Deus, o tempo de testemunhar, o tempo de fazer diferença é agora. Não há mais espaço para discussões de pensamentos, para medos, para incertezas, para “amanhã eu falo”. O tempo certo é agora.
A Bíblia deixa claro que precisamos falar de Deus e da Salvação A TEMPO E FORA DE TEMPO (2 Timóteo 4.2), ou seja, não podemos esperar o “dia certo” ou o “momento certo”, porque pode não haver tempo.
Também não temos tempo para angústias eternas ou tristezas sem fim. A vida que temos da parte do Senhor é para ser usada com sabedoria e alegria. O Eu não pode ser maior do que o Evangelho. Se for preciso conviver com caras feias, ou com a revolta de alguns por pregarmos a Palavra, que seja assim. Dentre centenas de caras feias certamente surgirá uma vida salva para a glória do Senhor.
Precisamos diariamente da sabedoria do Espírito Santo para nos guiar e colocar na nossa boca as palavras exatas, os pensamentos corretos, as atitudes pertinentes. O dia é hoje, o momento é agora pois o tempo chegou ao fim.
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