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quinta-feira, 31 de março de 2011

ESBOÇO de estudo bíblico em 2 Coríntios 11.16-33


CONVERSA DE INSENSATO

- Paulo considera o que vai fazer, se gabar, falar dos seus feitos, como verdadeira insensatez.
- Mas o faz diante da ingenuidade dos Coríntios e de sua preocupação com eles.
- Ele afirma em 10.18Pois a pessoa só é aprovada quando o Senhor a aprova e não quando é aprovada por si mesma.
- Várias vezes repete que considera o falar de si mesmo como insensatez: 11.1, 16,17,21,23,30
- Paulo estende o critério de insensatez aos seus amados Coríntios: 11.19,20
- Paulo compara a igreja à noiva pura de Cristo, mas que pode ser enganada na mente por Satanás como o foi Eva – 11.3
- Uma liderança herege estava pregando um outro Jesus, um evangelho diferente do que Paulo pregava.
- As mentes dos convertidos estavam sendo desviadas para outro evangelho. – 11.4
- O evangelho pregado por Paulo levava em conta a humilhação, o sofrimento e a morte de Cristo por nós.
- Era evangelho baseado no amor, bondade e benignidade que o Espírito produz na pessoa.
- O outro evangelho destacava o lado triunfalista, autoritário, escravizador (11.20)
- A questão financeira não poderia ser usada como arma por seus adversários contra os Coríntios, visto que Paulo não havia aceitado nenhuma espécie de ajuda deles em seu ministério.
- Para os Coríntios isso talvez fosse prova de que Paulo não os amava, ao que ele rebate em 11.11.
- Os adversários de Paulo desejavam se comparar a ele nessa questão financeira, mas não havia esta possibilidade.
- Eles, provavelmente, além de aceitarem remuneração, ávidamente cobravam (11.20).
- Se Paulo aceitasse remuneração dos Coríntios, eles teriam argumentos contra Paulo.
- Paulo fala que reconhece tais pregadores como instrumentos de Satanás.
- Os ataques ao povo de Deus raramente são frontais. Normalmente são desenvolvidos e realizados por pessoas de dentro da igreja.
- O inimigo da igreja é astuto e não ataca de frente, procura uma aparência aceitável para desvirtuar os filhos de Deus. – 11.14,15
- quanto ao fim dessas pessoa, Paulo relembra que haverão de se explicar diante do Tribunal de Deus – 11.15.


11.16 – Repito: ninguém deve pensar que eu estou louco. Mas, se vocês pensam isso, então me recebam como louco para que assim eu tenha alguma coisa de que me gabar.

- Paulo novamente pede que os Coríntios entendam que, mesmo sabendo que parece insensato, não o considerem como tal.
- Mas, se não o quiserem, que o recebam mesmo como insensato, do mesmo modo como receberam os “outros”.

11.17 – De fato, o que estou dizendo agora não é o que o Senhor me mandou dizer. Quanto a eu me gabar, estou realmente falando como louco.
11.18 – Já que existem tantas pessoas que se gabam por motivos apenas humanos, eu também vou me gabar de mim mesmo.

- Num aparte, Paulo deixa claro que a vanglória na qual está prestes a mergulhar, não é coisa que faz com a autoridade do Senhor.
- Sua motivação era que, já que muitos vangloriam-se à maneira das realizações humanas, sua motivação era outra: o amor pelos Coríntios.
- Mesmo que parecesse tolo, ele tolo se tornaria para alertar seus amados dos perigos que se instalavam na igreja.

11.19 – Vocês são tão sábios e suportam de boa vontade os loucos.

- Paulo volta a pedir que os Coríntios o aceitassem, mesmo que o considerassem insensato.
- ele ainda, em tom de ironia, pede que o considerem, já que, se achando sábios, aceitavam alegremente os verdadeiros loucos.

11.20 – Toleram os que mandam em vocês e exploram vocês; toleram os que os enganam, os que os tratam com desprezo e os que lhes dão bofetadas.

- Paulo cria num evangelho que levasse a alegria na fé.
- Por isso, expõe claramente a influência que os falsos líderes tinham sobre os Corintios.
- Seus amados toleravam dos falsos líderes ações perversas como a escravidão, como o devorar (exploração financeira), como o “deter” ( tomados, presos, detidos, enganados), como o exaltar (exaltação do “eu” humano) (10.5), como o esbofetear (espancar).

11.21 – Tenho até vergonha de confessar que nós fomos tímidos demais e não fomos capazes de fazer coisas como essas. Mas, se os outros se atrevem a se gabar de alguma coisa, eu também vou me atrever, embora isso seja uma loucura.
11.22 – Eles são hebreus? Eu também sou. Eles são Israelitas? Eu também sou.
11.23 – Eles são servos de Cristo? Mas eu sou um servo melhor do que eles, embora, ao dizer isso, eu esteja falando como se fosse louco.

- Paulo, como insensato, começa a retrucar uma a um os argumentos dos falsos profetas.
- Seus inimigos se gabam de sua origem pura israelita, mas Paulo mostra-se não inferior a cada um dos argumentos mesmo sentindo-se mal em vangloriar-se.
- São hebreus (pureza étnica)?
- São israelitas (aspectos religiosos e sociais do judaísmo)?
- São descendência de Abraão (voltado para o lado teológico – chamado e promessas de Deus)?
- São ministros de Cristo?
- Aqui Paulo não é igual, é mais, é melhor.
- Paulo faz um adendo sobre a loucura como estava falando, já que não aceitava correto comparar-se a outro cristão.

11.23 – Pois eu tenho trabalhado mais do que eles e tenho estado mais vezes na cadeia. Tenho sido chicoteado muito mais do que eles e muitas vezes estive em perigo de morte.
11.24 – Em cinco ocasiões os judeus me deram trinta e nove chicotadas.
11.25 – Três vezes os romanos me bateram com porretes, e uma vez fui apedrejado. Três vezes o navio em que eu estava viajando afundou, e numa dessas vezes passei vinte e quatro horas boiando no mar.

- 1ª lista de tribulações.
- O conhecimento dos Coríntios sobre as tribulações que Paulo já havia passado era pequeno diante dos fatos ocorridos.
- Açoites (Dt 25.1-3)
- Fustigado com varas (At 16.22-23)
- Naufrágios

11.26 – Nas muitas viagens que fiz, tenho estado em perigos de inundações e de ladrões; perigos causados pelos meus patrícios, os judeus, e também pelos não-judeus. Tenho estado no meio de perigos nas cidades, nos desertos e em alto mar; e também em perigos causados por falsos irmãos.

- 2ª lista de tribulações.
- Perigos de rios,
- de salteadores,
- entre judeus,
- entre gentios,
- na cidade,
- no deserto,
- no mar,
- entre falsos irmãos (Gl 2.4) e os atuais em Corinto.

11.27 – Tenho tido trabalhos e canseiras. Muitas vezes tenho ficado sem dormir. Tenho passado fome e sede; têm me faltado casa, comida e roupas.

- 3ª lista de tribulações.
- Vigílias (At 20.31)
- fome, sede
- jejuns
- frio, nudez (Fp 4.10-13  /  1 Co 4.11)

11.28 – Além dessas e de outras coisas, ainda pesa diariamente sobre mim a preocupação que tenho por todas as igrejas.
11.29 – Quando alguém está fraco, eu também me sinto fraco, e, quando alguém cai em pecado, eu fico muito aflito.

- 4ª lista de tribulações.
- não é preocupação a seu próprio respeito.
- Interesse pelo bem-estar dos outros (como Cristo em Lc 13.34).
- Preocupação com os fracos na fé (1 Co 8. 1-13).

11.30 – Se existe motivo para eu me gabar, então vou me gabar das coisas que mostram a minha fraqueza.
11.31 – O Deus e Pai do Senhor Jesus, o Deus que é bendito para sempre, sabe que não estou mentindo.
11.32 – Quando estive na cidade de Damasco, o governador nomeado pelo rei Aretas, pôs guardas nos portões da cidade para me prenderem.
11.33 – Porém os meus amigos fizeram com que eu descesse num grande cesto, por uma abertura da muralha, e assim escapei do Governador.

- Reafirma sua repulsa a ostentação.
- O episódio de Damasco apresenta pouco do que ele pudesse vangloriar-se. At 23-25.
- Paulo se vê caçado por seus próprios patrícios judeus por causa de sua pregação de Jesus como o Messias.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Culto Infantil - Sugestão 3

Chegada       

Receba as crianças com alegria e sente-se com elas para conversar. Pergunte como é a casa de cada uma. Quantos quartos há, se é grande ou pequena... Fale sobre as partes de uma casa ( parede, teto, janelas, portas...). Enfatize a porta da casa. Pergunte para que serve, como funciona, ... Fale que Jesus disse ser uma porta, a porta que nos leva a Deus. Só nós podemos abrir e que no nosso coração, para Jesus entrar, é preciso que nós abramos a porta.

Versículo

João 10.9                “Eu sou a Porta. Se alguém entrar por Mim, será salvo!”

Cânticos       

Cânticos sobre Jesus, sendo Ele Salvador.

O tema          

Desenhar pelo chão pegadas diversas que levam a vários caminhos. Um desses caminhos deverá levar uma porta que terá o nome JESUS preso nela. As crianças caminharão pelos diversos caminhos e por fim chegarão à porta. Passarão por ela e então a professora explicará que para chegar a algum lugar é preciso caminhar até o local e depois passar por uma porta para entrar. Da mesma forma para chegarmos ao céu precisamos andar pelo caminho certo. Este caminho certo foi mostrado por Jesus. Ele deixou “pegadas” ou pistas de como seguir o caminho. Se alguém não seguir estas pegadas e não entrar pela porta que é Jesus, não chegará ao céu.

Oração
                     
História         

Meu 2 vezes

Atividades        

Dobradura de barquinho.
Pintura de desenho do barco.
Colagem de palitos ou restos de lápis apontados na porta.
.
Brincadeira       

Fazer o que o mestre mandar.


HISTÓRIA - Meu 2 vezes

sementinhakids.wordpress.com/recursos-2/historinhas-para-evangelizar/meu-duas-vezes-o-barquinho/














Colagem






 

quarta-feira, 23 de março de 2011

ESBOÇO de estudo bíblico em 2 Coríntios 8.1-15

- O termo “mordomia” tem uma conotação depreciativa em nossa língua. A palavra vem de MORDOMO, que significa O MAIOR NA CASA.
- Referia-se ao principal servo de uma família ou do palácio, e que tinha a responsabilidade de gerir os bens do seu Senhor. Ex: José.
- Tendo falado da grande alegria e alívio decorrentes das notícias que Tito trouxe, Paulo prossegue tratando do assunto da coleta que estava sendo levantada entre as igrejas gentílicas, para assistências às igrejas judaicas pobres de Jerusalém.
- Estes cristãos pobres haviam sido atingidos por vários surtos de fome durante o reinado do imperador Cláudio.
- Quando escreveu 1 Coríntios, Paulo já havia iniciado uma campanha entre as igrejas da Galácia e os coríntios, tendo ouvido a respeito, pediram permissão para participar (1 Co 16.1-4).

8.1 – Irmãos, queremos que vocês saibam o que a graça de Deus tem feito nas igrejas da província da Macedônia.
E agora, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus dada às igrejas da Macedônia.
8.2 – Os irmãos dali têm sido muito provados pelas aflições por que têm passado. Mas a alegria deles foi tanta, que, embora muito pobres, eles deram ofertas com grande generosidade.
Em muita prova de tribulação houve abundância do seu gozo, e a sua profunda pobreza transbordou em riquezas de sua generosidade.

- Paulo volta a abordar o assunto da coleta iniciada no ano anterior pela igreja de Corinto, citando inicialmente o exemplo da igreja na Macedônia.
- A província romana da Macedônia compreendia a parte norte da Grécia, onde se encontravam as igrejas paulinas de Filipos e Tessalônica e também, possivelmente, uma igreja em Beréia (At 20.4)
- Paulo considera a liberalidade dos macedônios como sendo o resultado da graça de Deus em suas vidas.
- Deus é generoso (v. 9/ Rm 5.6-8 e 8.31-32/ Mt 5.45 e 7.11)
- onde a graça de Deus é verdadeiramente experimentada haverá evidências de amor e generosidade similares (Mt 5.43-48 / 10.8 / Rm 15.7 / Ef 4.32 / 5.1-2 / Fp 2.4-11 / Cl 3.12-13 / 1 Jo 4.7-12).
- A evidência da graça de Deus na vida dos Macedônios mostra-se em sua generosidade mesmo nas situações mais adversas (v. 2)
- O nascimento das igrejas na Macedônia foi acompanhado de oposição tanto contra a equipe apostólica quanto contra os novos convertidos (At 16.11 – 17.15).
- Elas estavam ainda sofrendo perseguições quando Paulo escreveu aos Coríntios (2 Co 7.5).
- os macedônios compartilhavam da coleta apesar da profunda pobreza deles (v. 2)
- Jesus havia dito aos 12 : DE GRAÇA RECEBESTES, DE GRAÇA DAÍ (Mt 10.8)

8.3 – Afirmo a vocês que eles fizeram tudo o que podiam e mais ainda. E, com toda a boa vontade,
Pois segundo as suas posses (o que eu mesmo testifico), e ainda acima delas, deram voluntariamente.
8.4 – pediram com insistência que os deixássemos participar da ajuda para o povo de Deus da Judéia e eles insistiram nisso.
Pedindo-nos com muitos rogos o privilégio de participarem deste serviço, que se fazia para com os santos.
8.5 – E fizeram muito mais do que esperávamos. Primeiro, eles deram a si mesmos ao Senhor e depois, pela vontade de Deus, eles se deram a nós também.
E não somente fizeram como nós esperávamos, mas a si mesmos se deram primeiramente ao Senhor, e depois a nós, pela vontade de Deus.

- Paulo testemunha que os macedônios fizeram tudo quanto puderam, segundo o que se esperaria deles; atenderam aos apelos NA MEDIDA DE SUAS POSSES.
- Mais ainda, Paulo acrescenta que eles fizeram MESMO ACIMA DE SUAS POSSES. Eles fizeram mais do que se esperaria deles.
- 3 palavras-chave sobre a coleta:
GRAÇA – os macedônios consideravam a oportunidade de contribuir como um privilégio (MAIS BEM-AVENTURADO É DAR DO QUE RECEBER – At 20.35) / PARTICIPAREM – palavra que indica o envolvimento deles como numa entidade maior, ato “ecumênico” de compaixão / ASSISTÊNCIA – tradução da palavra diakonia que reflete o fato de que a contribuição financeira era entendida como um MINISTÉRIO cristão.
- Paulo destaca que os macedônios não apenas entregaram dinheiro, eles se deram ao Senhor em renovada dedicação à Sua vontade, depois a Paulo e à sua equipe (reconhecendo assim o apostolado de Paulo), então, unindo-se a Paulo em comunhão, tudo reconhecendo e dependendo da vontade de Deus.

8.6 – De modo que pedimos à Tito, que começou a recolher essas ofertas, que continuasse e ajudasse vocês a completarem esse serviço especial de amor,
De maneira que exortamos a Tito que, como começou, assim também acabe esta graça entre vós.

- Paulo se motiva a entrar nessa questão com os coríntios devido à espantosa resposta dos macedônios (temor de que os coríntos falhassem nesse aspecto (9.1-5).

8.7 – Vocês mostram que, em tudo são mais ricos do que os outros: na fé, na palavra, no conhecimento, na vontade de ajudar os outros e no nosso amor por vocês.  E nesse novo serviço de amor queremos também que façam mais do que os outros.
Portanto, assim como em tudo tendes abundância: em fé, em palavra, em ciência, em todo o zelo e no vosso amor para conosco, assim também sobressaí nesta graça.
8.8 – Não estou querendo mandar em vocês. O que eu estou querendo é que conheçam o entusiasmo com que as igrejas da Macedônia deram ofertas, para que assim vocês vejam se o amor de vocês é verdadeiro ou não.
Não digo isto como quem manda, mas para provar, pelo zelo dos outros, a sinceridade do vosso amor.

- Paulo reconhece que aquela igreja excede em tudo: em tudo tendes abundância: em fé, em palavra, em ciência, em todo o zelo e no vosso amor para conosco .
- O final do versículo está na forma de uma ordem, mas Paulo prossegue qualificando sua exortação (v.8).
- sua palavra não se trata de uma ordem a ser obedecida, mas de um encorajamento – que os coríntios aproveitassem aquela oportunidade para demonstrar quão genuíno era seu amor e entrega a Cristo.
- o verdadeiro amor nunca nos deixa satisfeitos apenas com palavras; ele precisa expressar-se em atos de verdadeiro interesse (Lc 19.1-10 / 1 Jo 3.16-18)

8.9 – Porque vocês já conhecem o grande amor do nosso Senhor Jesus Cristo: ele era rico, mas, por amor de vocês, ele se tornou pobre a fim de que vocês se tornassem ricos por meio da pobreza dele.
Pois já conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós, se fez pobre, para que pela sua pobreza vos tornásseis ricos.

- Para apoiar sua exortação em prol do amor em ação, Paulo cita como exemplo A GRAÇA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, se referindo diretamente ao amor de Deus expresso em ação concreta de amor em prol da humanidade.
- Para entendermos corretamente, segundo evidências bíblicas, Jesus não era mais pobre do que a maioria dos judeus. Jesus e seus seguidores tinham dinheiro suficiente para prover auxílio aos mais pobres em situação ruim (Jo 12.3-6 / 13.27-29).
- muito provavelmente o que Paulo tem em mente é o drama todo da redenção, de modo especial a encarnação (Jo 1.10-11 / Fp 2.5-8)
- Jesus se fez POBRE (natureza humana) para que nos tornássemos RICOS (salvação).

8.10 – Minha opinião sobre o assunto é esta: é melhor para vocês que terminem agora o que começaram no ano passado. Vocês foram os primeiros não somente a ajudar, mas também a querer ajudar.
E aqui dou o meu parecer sobre o que vos convém: no ano passado fostes os primeiros, não só a dar, mas também a querer dar.
8.11 – Portanto, continuem e completem o trabalho. Façam isso com o mesmo entusiasmo que tiveram no princípio, dando de acordo com o que têm.
Agora, porém, completai o já começado, para que, assim como houve prontidão de vontade, haja também o cumprimento, segundo o que tendes.

- A exortação de Paulo não constitui uma ordem. A generosidade não é algo que se preste para ser ordenada (9.5,7).
- o principal intuito de Paulo era que os coríntios terminassem o trabalho que haviam iniciado.
- Alguns representantes das igrejas na macedônia estavam prestes a chegar e, se os coríntios ainda não tivessem terminado o trabalho iniciado um ano antes, ficariam embaraçados perante os crentes macedônios.
- Pouco importa quão fortes e boas sejam as intenções e os desejos, são infrutíferos se não se expressarem mediante ação.

8.12 – Porque, se alguém quer dar, Deus aceita a oferta conforme o que a pessoa tem. Deus não pede o que a pessoa não tem.
Pois se há prontidão de vontade, será aceita segundo o que qualquer tem, e não o que não tem.

- Muito provavelmente os coríntios ainda não haviam terminado o trabalho por considerarem o resultado do seu trabalho pouco.
- Paulo assegura a seus leitores que quando contribuem segundo suas posses, isso é agradável em consideração às circunstâncias de quem dá.

8.13 – Não estou querendo aliviar os outros e pôr um peso sobre vocês.
Mas, não digo isto para que os outros tenham alívio, e vós aperto.
8.14 – Já que agora vocês têm bastante, é justo que ajudem os que estão necessitados. Em alguma outra ocasião, se vocês precisarem, e eles tiverem bastante, aí eles poderão ajuda-los.
Mas para igualdade. Neste tempo presente, a vossa abundância supra a falta dos outros, para que também a sua abundância supra a vossa falta, e haja igualdade.
8.15 – Como dizem as Escrituras: “ao que muito pegou, nada sobrou; ao que pouco pegou, nada faltou”
Como está escrito: o que muito colheu não teve demais, e o que pouco, não teve falta.

- Paulo procura evitar todo e qualquer mal-entendido acerca da coleta.
- Os coríntios não estão obrigados a dar mais ou sustentar a maior parte dos cristãos necessitados, enquanto outros cristãos ficam tranqüilos.
- Deve existir igualdade entre os cristãos.
- Paulo destaca que, no momento, os coríntios precisam ajudar os cristãos pobres de Jerusalém, mas que, se no futuro eles precisarem, serão amparados por quem tiver em melhor situação.
- Paulo ilustra a situação de igualdade com a experiência do povo que saiu do Egito e que recebeu o maná.
- Todos receberam conforme sua necessidade. Ninguém ficou com menos ou mais do que precisava.

sábado, 19 de março de 2011

O Plano Diretor de Educação Religiosa Batista no Brasil - parte 2


A. Componentes do PDER

O PDER Batista no Brasil é composto de dois documentos:

·O Plano Educacional para as igrejas (PE-CBB): se refere ao plano da CBB para o atendimento às igrejas e abrange a área da estrutura da Convenção que estará disponível para dar esse atendimento. O PE-CBB demonstrará como as igrejas batistas serão servidas pela CBB, a partir de sua realidade como comunidade local. Refere-se também à descrição dos detalhes especialmente operacionais e globais que estarão disponíveis para atender às igrejas quanto à produção de literatura para atendimento não apenas dominical, mas também para a capacitação de liderança, despertamento vocacional, estudos na área missionária, material para a vida familiar e devocional; além disso oferta de assessoria para que cada igreja construa seu próprio projeto pedagógico a partir de sua realidade e necessidades locais. Isso vai requerer de todos nós uma profunda transformação na maneira de pensar denominacionalmente, alterando-se uma visão e ação centralizada na estrutura convencional, portanto centrípeta (voltada para o centro), para uma visão e ação centrífuga, isto é, que vai em busca do atendimento às necessidades das igrejas locais.

·O Projeto Pedagógico (PP): é um documento para a igreja, que descreve os fundamentos e objetivos gerais educacionais, o perfil da igreja local, os objetivos educacionais contextuais (Serão definidos após o conhecimento do perfil e entorno da igreja local.), o modelo educacional a ser adotado, a matriz curricular geral/integrada a ser adotada, o processo de avaliação docente/discente, etc. Podemos dizer que o Projeto Pedagógico é um planejamento de trabalho participativo que deve atender as necessidades de aprendizagens locais, estimulando à reflexão, a descoberta, a criatividade e a transformação da vida de modo a levar a pessoa a tomar parte na construção de sua história e do meio em que vive. Como geralmente se confundo educação com currículo e/ou literatura, é bom explicar que, tanto o currículo, quanto a literatura (conteúdo) vão ser elaborados e escolhidos a partir do Projeto Pedagógico e do qual fazem parte. Em outras palavras, o Projeto Pedagógico é um marco referencial de etapas a serem percorridas na busca da formação continuada da pessoa, tendo diversos componentes que serão explicados detalhadamente como segunda parte do PDER. Nesse caso preparamos uma cartilha para ajudar a igreja local a construir o seu próprio projeto pedagógico. É o documento mais importante do PDER, pois um dos seus mais importantes objetivos é que cada igreja local desenvolva o seu próprio projeto educacional, a partir das condições e necessidades locais, levando-se em conta a visão bíblica e cristã de educação. Esse é o ponto centro do PDER – que cada igreja consiga, ao longo do tempo, ter o seu próprio PP, à partir de sua realidade, de seus perfil, de suas necessidades e demandas. Sem dúvida, isso levará um bom tempo, mas os resultados daí advindos serão radical e positivamente transformadores de nossa realidade como igrejas.

batistas.com/edu_religiosa/PlanoDiretor_Versao 3.1.pdf

O Plano Diretor de Educação Religiosa Batista no Brasil - Parte 1


Como já havia mencionado, passo a divulgar artigo da Convenção Batista Brasileira, encontrado no site www.batistas.com ou na Revista Educador - Ano XIX - 72 - 2011.

Introdução

O Plano Diretor de Educação Religiosa Batista no Brasil (PDER) se refere
ao plano para o atendimento às igrejas batistas no Brasil, de forma a abranger a área educacional da estrutura da Convenção Batista Brasileira (CBB) envolvendo o atendimento à igreja local, além da descrição dos modelos educacionais a serem sugeridos às igrejas locais. O atendimento às igrejas locais em suas necessidades educacionais abrange inúmeras ações, entre elas a produção de literatura, a oferta de estratégias e alternativas educacionais, a assessoria educacional, etc.

Fazendo uma retrospectiva histórica, é possível concluir que progredimos
consideravelmente na produção de literatura de qualidade, desenvolvemos um sistema de distribuição trimestral dessa literatura, currículos sequenciais, etc. Mas, ao longo do tempo fomos construindo o imaginário de que educação religiosa é literatura, currículo e sala de aula. A bem da verdade, fomos construindo uma educação baseada em conteúdos, podemos dizer uma educação conteudista. Com isso, as igrejas locais acabaram ficando dependentes integralmente da produção de literatura e da construção curricular em âmbito nacional a ponto de não conseguir, por sua própria conta, ter o atendimento de suas necessidades e demandas contextuais e locais.

Desta forma, com a desativação da JUERP, decidida em Assembleia da CBB
no Rio de Janeiro, RJ, no ano de 2006, foi entregue à Comissão de Educação Religiosa do Conselho da CBB o desafio de repensar a educação religiosa batista no Brasil. Diante do desafio, a Comissão foi campo procurando conhecer a realidade da área a partir das igrejas locais e dos líderes regionais, por meio de pesquisa quantitativa e qualitativa.

Diante da complexidade do desafio e levando em conta o tempo necessário para a elaboração de um novo projeto que viesse atender as demandas e necessidades das igrejas locais e a dinâmica de um novo tempo de nossa denominação, a Comissão reconheceu que, antes de criar um projeto novo de educação religiosa, haveria necessidade de elaborar diretrizes que pudessem apontar e dar os indicadores para que se alcançasse com sucesso os objetivos que se esperavam.

Foi preciso mais de um ano para que as diretrizes pudessem ser elaboradas e
publicadas.1 Tal a importância de seu conteúdo, que as colocamos como um documento anexo a este PDER, para que todos possam consultá-las e utilizá-las como instrumento de avaliação continuada do andamento da educação religiosa batsita no Brasil. No ano de 2007, na Assembleia em Florianópolis, SC, a estrutura da CBB foi alterada e foi criado o Comitê de Educação Religiosa que assumiu o desafio de elaborar o PDER com o apoio de pessoal especializado na área. De lá para cá, o Comitê manteve o seu trabalho tendo a grata satisfação de apresentar aos batistas brasileiros este documento que apresenta diversas alterações no ato de se fazer educação religiosa, tendo descido a patamares mais profundos do processo ensino-aprendizagem, de modo a partir de uma teologia e filosofia de educação do ponto de vista cristão, para depois entrar no âmbito próprio do educar e de todos os necessários componentes para que se alcance com sucesso a capacitação de nosso povo nas mais variadas áreas do Cristianismo e da vida cristã.

Por isso mesmo, a sua implantação exigirá o investimento de tempo mais
delongado do que normalmente se espera, pois precisaremos reaprender como fazer educação dentro da igreja local, dentro das práticas denominacionais e institucionais. Além disso, transformar a maneira de pensar, transformar a nossa cultura educacional exigirá esforço e dedicação. Só para ilustrar, precisaremos, por exemplo, rever nossa concepção de educação religiosa, que geralmente, é centrípeta, isto é, parte de um centro – estrutura denominacional – e, no PDER, parte de igreja local.  O documento das Diretrizes está anexo ao final deste Plano Diretor. Outro exemplo, com o tempo as igrejas locais e seus líderes descobriram que a literatura denominacional oficial não atendia muitas de suas necessidades locais. Como resolver isso? Não há como produzir literatura particularizada para um país de dimensão continental. Uma pequena, mas profunda, alteração na maneira de pensar educação irá trazer resposta a esta tão urgente e importante demanda das igrejas locais – em vez de uma educação conteudista, buscou-se na história a educação orientada por objetivos educacionais. Este pequeno detalhe provocará profundas alterações na maneira de se conceber e se construir a educação religiosa e também a educação teológica. Daqui para frente a educação religiosa não será apenas currículo anual e literatura, isso é produto, mas o resultado de um processo que parte da Bíblia e do “chão da igreja”. Veja que teremos muito a repensar.

batistas.com/edu_religiosa/PlanoDiretor_Versao 3.1.pdf