“Existe uma antiga parábola que fala a respeito de seis hindus cegos que tocavam um elefante. Um dos cegos tocou o lado do corpo do elefante e disse que era um muro. Outro cego tocou a orelha do elefante e disse que era uma grande folha de árvore. Outro segurou uma das pernas do elefante e pensou que fosse o tronco de uma árvore. Outro ainda segurou a tromba do elefante e disse que era uma cobra. Outro cego tocou uma das presas de marfim e pensou que se tratava de uma lança. Finalmente, outro cego tomou a cauda do elefante nas mãos e julgou estar segurando uma corda. Todos os cegos estavam tocando a mesma realidade, mas compreendiam-na de maneiras diferentes. Eles todos tinham o direito de interpretar o que tocaram de acordo com o seu modo pessoal, mas o objeto tocado era o mesmo elefante.” (1)
Essa parábola tem sido muito utilizada para ilustrar a existência de diferentes religiões e suas diversas práticas com respeito a uma mesma realidade espiritual quanto ao relacionamento do homem para com Deus; ela também nos induz a pensar que cada um interpreta uma mesma realidade, de acordo com seus próprios olhos, nos levando a uma certa passividade com relação à tolerância para com as diferentes formas de pensar.
Assim, o secularismo educacional defende o pluralismo e a tolerância como ferramentas para a criação de um ambiente liberal; essa sutileza filosófica tem levado muitos jovens a duvidar da existência de um único Deus criador que, para se comunicar com o homem que criou, enviou seu próprio Filho Jesus Cristo para resgatar a humanidade de seu estado de separação de Deus.
É um engano comparar essa parábola com a proposta de harmonizar as diferentes religiões entre si, pois todos os que apalparam o elefante eram cegos, o que limitou a percepção exata do elefante como um todo; quanto a nós que enxergamos e estamos numa posição privilegiada em relação a eles, podemos compreender que a realidade absoluta existe mas não pode ser compreendida por eles, por serem deficientes visuais.
Esse texto poderia ser utilizado apenas para preferências e gostos individuais em todos os sentidos e até mesmo quanto à escolha de uma religião, porém nunca para justificar que a verdade será sempre relativa e nunca absoluta. O fato de compreendermos uma realidade de forma subjetiva não justifica que a realidade ou verdade absoluta não existe, mesmo que não sejam perceptíveis para nós.
Os cegos da parábola não conseguem perceber a existência do elefante e muito menos sua forma física, porém nós, que não somos deficientes visuais, sabemos que na realidade esse animal existe e conhecemos sua forma física. A falta de visão dos hindus não comprometem a existência absoluta do elefante. Dessa mesma forma, apesar de nossas limitações de compreensão da verdade absoluta, temos consciência de que Deus existe, mesmo que essa percepção de Sua natureza, seja subjetiva.
Desde o principio Deus se utilizou de diversas formas para dialogar com o homem que criou e assim, poder transmitir-lhe Seu conhecimento. Nossa limitação física e mental não tem capacidade de compreender a verdade absoluta, mas podemos ter uma percepção significativamente próxima da realidade, pois o próprio Deus enviou seu Filho Jesus Cristo para iluminar o entendimento de todos aqueles que O aceitarem e crerem no Seu Nome.
Vejamos o que a Palavra de Deus (A Bíblia) diz:
“A tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho.” (Sl. 119:105)
“Os olhos são a candeia do corpo. Se os seus olhos forem bons, todo o seu corpo será cheio de luz. Mas se os seus olhos forem maus, todo o seu corpo será cheio de trevas. Portanto, se a luz que está dentro de você são trevas, que tremendas trevas são!” (Mt. 6:22-23)
Oração de Simeão: “Ó Soberano, como prometeste, agora podes despedir em paz o teu servo. Pois os meus olhos já viram a tua salvação, que preparaste à vista de todos os povos: luz para revelação dos gentios e para a glória de Israel, teu povo.” (Lc. 2:29-32)
“Surgiu um homem enviado por Deus, chamado João. Ele veio como testemunha para testificar acerca da luz, a fim de que por meio dele todos os homens cressem. Ele próprio não era a luz, mas veio como testemunha da luz. Estava chegando ao mundo a verdadeira luz, que ilumina todos os homens.” (Jo. 1:6-9)
“Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nEle crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dEle. Quem nEle crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus. Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram as trevas, e não a luz, porque as suas obras eram más. Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, temendo que suas obras sejam manifestas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, para que se veja claramente que as suas obras são realizadas por intermédio de Deus.” (Jo. 3:16-21)
“Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” (Jo.8:12b)
“O deus desta era cegou o entendimento dos descrentes, para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. Mas não pregamos a nós mesmos, mas a Jesus Cristo o Senhor, e a nós como escravos de vocês, por causa de Jesus. Pois Deus que disse: ‘Das trevas resplandeça a luz’, Ele mesmo brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo.” (I Cor. 4:4-6)
Estes versículos bíblicos nos deixam bastante claro que Deus enviou seu Filho para iluminar o nosso entendimento de forma que possamos ter uma compreensão suficiente de Sua natureza divina e Seu plano de salvação para todo ser humano, concedendo a vida eterna a todos que receberem Seu Filho Jesus Cristo como Senhor e Salvador de suas vidas. Está muito claro que essa luz, chamada Jesus Cristo o Filho de Deus, veio ao mundo para desvendar os mistérios divinos e abrir um caminho de conexão entre Deus e o homem que Ele criou.
Não podemos ignorar a Luz (Jesus Cristo), que nos foi enviada por Deus para iluminar nosso entendimento quanto a Verdade Absoluta que é o próprio Deus Pai. Assim, por questões lógicas, essa mesma parábola dos cegos hindus, quando melhor analisada através da Luz do conhecimento da Palavra enviada por Deus, entendemos que a Verdade Absoluta existe e portanto não há nada que justifique que todas as religiões sejam verdadeiras como afirma o Pluralismo.
“Ninguém fará nenhum mal, nem destruirá coisa alguma em todo o meu santo monte, pois a terra se encherá do conhecimento do Senhor como as águas cobrem o mar.” (Is. 11:9)
Com a imprensa e agora mais ainda com o acesso à internet, temos liberdade de nos aprofundarmos no conhecimento, de tal forma que temos o livre-arbitrio de escolhermos ficar na Luz enviada por Deus ou continuarmos nas trevas espirituais.
EU ESCOLHI ANDAR NA LUZ! E VOCÊ?
__________
(1) Texto extraído do Livro “Fundamentos Inabaláveis”, Norman Geisler e Peter Bocchino. São Paulo, Vida, 2003. p. 33
Os versículos são da Bíblia NVI
http://www.artigosecronicas.com.br/os-hindus-cegos-e-o-pluralismo-religioso